Com o objetivo de acelerar a revolução digital no Brasil, impulsionar a competitividade da indústria nacional e gerar empregos de maior qualificação e remuneração, o governo federal realizou, recentemente, a cerimônia Nova Indústria Brasil – Missão 4: Indústria e Revolução Digital.
O evento apresentou uma série de iniciativas para o avanço industrial em áreas como internet das coisas, inteligência artificial e Big Data. Durante a ocasião, também foi sancionado o PL 13/2020, que institui o Programa Brasil Semicon e aprimora a Lei de TICs e o Padis, garantindo incentivos anuais de R$ 7 bilhões para o setor.
Segundo a Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, o novo programa é essencial para a economia brasileira. “A Lei de TICs atualmente beneficia mais de 500 empresas, resultando em R$ 2,8 bilhões investidos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de criar mais de 100 mil empregos diretos na indústria incentivada e envolver mais de 20 mil pesquisadores de ICTs. Em 2023, o Padis gerou R$ 62 milhões em P&D, com um faturamento de R$ 1,8 bilhão pelas empresas incentivadas e R$ 88 milhões em créditos tributários”, destacou. A expectativa é que, nos próximos anos, os investimentos em P&D na área de semicondutores superem R$ 4 bilhões.
Missão 4
A Missão 4 da Nova Indústria Brasil tem como foco o fortalecimento das cadeias produtivas de semicondutores, robôs industriais e produtos e serviços avançados. O governo estima um total de R$ 186,6 bilhões em investimentos públicos e privados, dos quais R$ 42,2 bilhões já foram comprometidos pelo setor público, e outros R$ 58,7 bilhões serão liberados futuramente. O setor privado contribuirá com R$ 85,7 bilhões.
Os primeiros investimentos irão para a fabricação de chips, fibras óticas, robôs, datacenters, computação em nuvem, telecomunicações, eletromobilidade, desenvolvimento de softwares e redes de infraestrutura, entre outras áreas.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) desempenha um papel crucial na transformação digital da indústria brasileira, com R$ 560 milhões alocados pelo programa Brasil Mais Produtivo para digitalizar micro, pequenas e médias empresas industriais.
Linhas de crédito
O MCTI também está à frente na criação de linhas de crédito, em parceria com a Finep, com um aporte de R$ 4,5 bilhões. Esses recursos, somados aos do BNDES e da Embrapii, integram o Plano Mais Produção, com foco na modernização industrial por meio de tecnologias como internet das coisas, IA e Big Data. Além disso, R$ 160 milhões serão destinados à transformação digital de micro, pequenas e médias empresas, e outros R$ 400 milhões para digitalização, totalizando R$ 560 milhões.
Fonte: MCTI