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BNDES e TCU lançam Rede Blockchain Brasil

BNDES e TCU lançam Rede Blockchain Brasil

Projeto busca conectar instituições para facilitar a adoção da tecnologia em soluções voltadas ao interesse público

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Tribunal de Contas da União (TCU) anunciaram, na última segunda-feira (30), o lançamento oficial da Rede Blockchain Brasil (RBB).

A rede, pública e sem fins lucrativos, terá abrangência nacional e conectará as instituições participantes em uma estrutura de governança e infraestrutura tecnológica com o objetivo de facilitar a adoção da tecnologia blockchain em soluções voltadas ao interesse público.

Expectativa é de que a primeira aplicação descentralizada ocorra em 2023. Até o momento, o evento foi um lançamento de ideia e uma chamada para que todas as entidades e órgãos públicos interessados no sistema façam adesão ao projeto e colaborem na construção da RBB.

De acordo com Fernando Lavrado, superintendente da área de tecnologia do BNDES, os próximos passos são desenhar o regulamento da rede e iniciar o processo de adesão de todas as entidades e órgãos públicos interessados.

A tecnologia blockchain

O blockchain é uma estrutura digital que funciona como uma base de dados pública, com o armazenamento de informações em blocos encadeados de forma sequencial, explicou o TCU. Suas operações são validadas por agentes independentes.

Nesta tecnologia, qualquer pessoa poderá fiscalizar e rastrear as operações do governo. Porém, somente entidades autorizadas poderão efetuar o registro e processar as transações dentro da rede.

De acordo com Wesley Vaz, diretor da Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação do TCU, o objetivo é proporcionar maior efetividade e eficiência na melhoria de vida do brasileiro.

Ele destacou que um problema crônico vem sendo deflagrado com os anos: a desconfiança do Estado pela população brasileira. Assim, Vaz diz que o blockchain aumentará a confiança de processos e situações que envolvem diversas partes.

Como funcionará

A rede contará com três participantes: patronos, que serão o TCU e o BNDES, com a função de veto e voto; participantes associados, que participarão da governança com voto e terão poder de validação dos nós no blockchain; e parceiros, que podem utilizar a tecnologia para fazer transações.

Não será necessária a aplicação de um criptoativo para operar os contratos inteligentes e os aplicativos, como funciona a rede ethereum, por exemplo, ou seja, é dispensável um processo de mineração. Mas será possível criar tokens.

O RBB também funcionará como prova de autoridade, e não prova de trabalho, explica o superintendente da área de tecnologia do BNDES. “O consenso foi escolhido para evitar que fosse usado um mecanismo que exigisse um consumo excessivo de energia”.

Neste modelo, as aprovações serão previamente autorizadas de acordo com o propósito das redes e apenas por agentes estatais.

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