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Governo quer ampliar alcance da Lei do Bem

Governo quer ampliar alcance da Lei do Bem

Governo planeja remover restrição de incentivos para empresas em caso de prejuízo fiscal

Na última semana, durante o evento “Lei do Bem: oportunidades e desafios”, realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a importância da atualização da Lei do Bem como incentivo ao investimento privado em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil.

A ministra mencionou o Projeto de Lei 4944/20, em tramitação no Congresso Nacional, que propõe a exclusão da restrição que impede empresas em situação de prejuízo fiscal de usufruírem dos incentivos da Lei do Bem, permitindo que elas possam compensar posteriormente. Essa medida visa ampliar o acesso ao benefício e estimular ainda mais a inovação no país.

 

Luciana destacou a abrangência da Lei do Bem como instrumento para impulsionar a inovação nas empresas brasileiras. Desde sua implementação, em 2005, mais de R$ 170 bilhões foram direcionados às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação em diversos setores da economia.

 

“Este é um paradoxo que precisamos reverter de sermos o 10º país do mundo em número de publicações acadêmicas, mas ocupamos a 54ª posição no Índice Global de Inovação, o que revela que essa produção do conhecimento não se realiza em processos e em produtos”, afirmou a ministra.

 

Para a Firjan, uma das maneiras pelas quais pode contribuir para o debate sobre o assunto é enfatizar a importância de refletir sobre o acesso atual aos incentivos de uma legislação tão significativa, limitada às empresas que operam sob o regime de lucro real.

 

“Ao restringir seu alcance às empresas do lucro real, a Lei do Bem exclui aquelas que se enquadram no Simples Nacional, ou seja, empresas de menor porte. E, como é amplamente conhecido, são justamente os negócios de pequeno porte que representam a maioria das empresas. A cada momento que passa, os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação se tornam ainda mais essenciais para a sobrevivência de qualquer empresa, independentemente do tamanho. Portanto, é de extrema importância ampliar a participação das empresas, visando um maior desenvolvimento da economia”, ressaltou Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

Fonte: Valor Econômico

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